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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Idéias estão vindo





Como sou mais da área de exatas, tenho desculpas pros erros de pontuações que possivelmente estarão prestes a ver no meu texto, rs....brincadeira.
Estou ainda engatinhado nesse mundo de escritores. Ainda não passa de um sonho infantil. Talvez possa largar de mão como uma criança que enjoa de um brinquedo que achava tão legal. Espero que possa levar esse entusiasmo até o fim.

O Roberto era um garoto legal, diferente dos demais que eu tinha como amigos. Ele me entendia mais que meu próprio irmão. Tinha uma vida difícil, problemas familiares pra ser mais específico, mas sempre estava com semblante alegre. Isso que me contagiava, me fazia querer ficar perto dele. Eu já fui diversas vezes na casa dele, lembro-me um dia que estávamos conversando algo banal e veio o almoço - meu pai não gostava que eu comesse lá, dizia que a comida poderia me fazer mal - era uma comida simples, nada do que estava habituado a comer. Era uma espécie de grude, é assim que eu posso classificar aquele gosto terrível que impregnou o meu paladar durante toda aquela semana. É claro que como toda boa criança sabia mentir direitinho, acredito que era a única coisa que sabia fazer melhor. Disse que estava muito bom. A senhora Neuza ficou feliz e me colocou mais porção, maldita hora pra mentir. A casa dele era simples, não tinha nada que me pudesse colocar algum brilho nos meus olhos. Tinha a parede mal pintada, era uma casa que tinha o telhado feio, eu sinceramente teria vergonha de chamar qualquer pessoa pra almoçar se morasse em uma casa dessa. Isso parecia que não abalava Roberto, ele parecia que não ligava pra nada disso, não ligava em ter uma casa caindo aos pedaços e uma comida horrível que se dizia como almoço.
Tinha inveja de como ele encarava a vida, tão simples. A mãe dele me perguntou como estava meu pai, eu respondi que estava bem, mesmo não entendendo o porque os adultos perguntam isso se todos respondem que sim, parece que gostam de ouvir mentiras.
A conversa era vaga, sobre coisas do dia a dia, nada igual ao que estava acostumado a ouvir, crises mundiais, mercado de finanças- até hoje não entendo com funciona esse mercado-. Eu, como uma boa visita, sempre parecia entretido com tudo aquilo a minha volta, aquele patético showzinho que aqueles palhaços estavam fazendo. Depois de conseguir comer, de ter lutado contra meus enjoos, consegui terminar. Chamei Roberto pra irmos para minha casa jogar vídeo game, e claro, também pra me gabar por ter uma coisa que ele não tinha- entre muitas-.

( partes do meu futuro livro....doideira né)

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