Em um vilarejo remoto, distante de tudo e todos, existiam pessoas com um mesmo pensamento. Eles, mesmo com seus problemas viviam em harmonia. Acreditavam em ideias que eram produzidos pelos senhores do saber. Esses senhores do saber eram praticamente venerados pelo povo.
Um homem que pensava de forma diferente teimava em coexistir em um mundo que não era dele. Todo o conhecimento que possuía, tinha o prazer de passar, mesmo que gerasse conflito com as leis daquele povo. Com simples palavras conseguia confundir e ao mesmo tempo mostrar todo seu conhecimento para todos. Os poderosos que detinham o poder e o conhecimento (aparente) não gostavam dessas atitudes. A divergência de opiniões não era confrontada diretamente pelo simples homem.
Ele não revelava toda sua sabedoria por causa da mente fechada dos moradores do vilarejo. Se mostrasse todas suas ideias inevitavelmente iria ser mal interpretado....ou julgado erroneamente...acusado de ir contra os princípios dos poderosos.
Todos acreditavam na bondade e verdade dos poderosos. Pensar que estavam errados(os senhores do saber) era até considerado um grande erro que jamais deveria ser cometido. Ninguém ousava a querer ir contra os princípios pregados, pelas leis existentes.
Um dia esse simples homem ao confrontar uma "grade lei dos senhores do saber"(considerada a principal) é chamado a se apresentar para dar explicações. Ao chegar no tribunal(de portas fechadas para o povoado) é interpelado pelos poderosos. No decorrer do julgamento é entendido que os princípios seguidos pelo povo estavam mesmo errados. Ele já sabia desses erros, mas nunca tinha sido confrontado dessa forma.
"O povo, como eles estão sendo enganados"....esse pensamento passou na imaginação desse simples homem.
Uma proposta foi feita, deveria seguir as normas e preceitos dos senhores do saber. Deveria fechar os olhos para os erros. O pagamento: dinheiro. O simples homem duvidou o que estava presenciando. Jamais poderia pensar que chegaria a essa situação(mesmo já tendo imaginado). Ele recusa tudo o que foi posto ao seu deleite e se retira daquela região pra nunca mais voltar.
No seu coração pensa no povo. Mas com sua sabedoria prefere esperar que outros tomem a mesma decisão sem interferir.
O que o simples homem deveria ter feito? deveria ter alertado o povoado pelos erros dos senhores que seguiam cegamente? Será que isso geraria uma rebelião de tal forma que muitos jamais voltaria a querer ter preceitos parecidos os daquele povoado(que em geral eram bons para uma sociedade)?
Agiu certo o simples homem acreditando que cada um deveria por si só ver os erros dos senhores?
Eu sei que esse texto é estranho, mas eu queria me desabafar....fiz de uma forma diferente para que não fosse de fácil compreenção.
Para que, vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam;